". . . seria pretensioso dizer que o Espiritismo será o futuro das religiões, mas, certamente será a religião do futuro"

Divaldo Franco - "Viagens e Entrevistas"

"O Espiritismo é a âncora firme que nos sustenta nos mares revoltos destes dias tormentosos pelo qual passa o Planeta"

Joanna de Ângelis


sexta-feira, 16 de março de 2012

Doação de Órgãos - Eurípedes Kühl


Natural de Igarapava, São Paulo, Eurípedes Kühl é médium psicógrafo, autor de 21 livros – onze psicografados, oito de lavra própria e mais dois no prelo (um psicografado e um de sua autoria) –, e pesquisador de inúmeros assuntos ligados ao Espiritismo. No centro espírita que freqüenta, Eurípedes é responsável pelo curso de médiuns, é médium passista e realiza palestras e cursos em outros centros. Aqui, ele fala sobre o tema da doação de órgãos e transplantes, sempre tendo em vista um enfoque a premissas espíritas.

Doação de Órgãos: Desprendimento Material

... A doação de órgãos pressupõe desprendimento dos bens terrenos – especificamente do corpo físico – dos quais o homem não passa de usuário eventual. Assim, doar órgãos é ato de amor, complementar aos que tenham sido realizados em vida. Só trará benefícios a quem o faça.
A Lei Divina de Ação e Reação, de ação automática e permanente, muito beneficiará o doador, além do que o beneficiado (e seu Anjo Guardião), seus parentes, amigos e a própria equipe médica envolvida, estarão todos direcionando a ele, doador, vibrações positivas, em preces de gratidão. Para o doador desencarnado isso é bênção incomparável.
Considerando que o corpo físico inclui-se no rol dos bens que o Criador coloca à disposição da criatura humana no seu roteiro existencial terreno, não deverá o homem se julgar detentor eterno desse bem, mas apenas responsável pela sua boa conservação, no período de utilização. Concluída esta, pela desencarnação, por que se preocupar com o destino que lhe será dado? Se nessa etapa terrena há a oportunidade de uma última ação de amor ao próximo, por que não investir nessa poupança celestial?
Se no último minuto de um moribundo pode ocorrer sua transformação moral (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap 5, Item 28), imagine-se que um receptor de órgão passa a ter mais que “um minuto”, e sim considerável sobrevida.
Pessoa alguma há que, após passar por um transplante, continue a mesma.
Daí, a auto-reforma.
NOTA: Obviamente, não doar órgãos é um direito pleno de cada indivíduo. E jamais o não-doador poderá ser acusado de egoísmo ou de falta de amor para com seu próximo. Mas, verdade seja dita, quem doa demonstra vivenciar louvável posicionamento em estágio moral que só benefícios espirituais hão de lhe ser dispensados. O não-doador – e somente ele – poderá responder à auto-pergunta: – E se um dia eu precisar de um transplante?

Conclusão

Passamos a palavra para o Professor Doutor Raul Marino Jr., neurocirurgião e professor titular de Neurocirurgia da Divisão de Clínica Neurocirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Fazemos nossas, as palavras dele:
“(...) Heróis são difíceis de achar – doadores vivos, doadores potenciais mantidos vivos em UTIs em respiradores artificiais e famílias esclarecidas que acabaram de sofrer a tragédia da perda de um ente querido.
É preciso uma alta dose de altruísmo, solidariedade e generosa caridade cristã para transferir a própria vida, por nossa vontade, após nos despirmos das prisões da carne, ou consentir que um parente venha a compartilhar o dom da vida com alguém da lista nacional (de pacientes aguardando recepção de órgãos), após um infortúnio.
(...) Os transplantes, ligados intimamente que estão ao ato supremo das doações, surgiram como que para testar nossas virtudes de solidariedade humana, nosso altruísmo, nossa generosidade, nossa piedade, nossa compaixão, nossa filantropia, nossa benevolência, nossa bondade, nosso amor ao próximo, nosso espírito humanitário, nossa indulgência, nossa excelência moral, nossa grandeza de alma, nossa misericórdia, nosso espírito de socorro, amparo e auxílio e, sobretudo, a virtude mais decantada nos Evangelhos: o amor e a caridade”. (Folha de S.Paulo, A3, “Opinião”, 15 de maio de 2001).

Anexando outra assertiva espiritual, temos Joanna de Angelis filosofando sobre o corpo humano: “(...) Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra. (...) Por enquanto, serve também de laboratório de experiências pelas quais os Construtores da Vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário