". . . seria pretensioso dizer que o Espiritismo será o futuro das religiões, mas, certamente será a religião do futuro"

Divaldo Franco - "Viagens e Entrevistas"

"O Espiritismo é a âncora firme que nos sustenta nos mares revoltos destes dias tormentosos pelo qual passa o Planeta"

Joanna de Ângelis


segunda-feira, 2 de abril de 2012

PERDA DE AMORES


Perdi meu filho! Perdi minha filha!


Estas são expressões lacrimosas de pais vestidos de dor, pela morte dos seus filhos.


A lógica humana pondera que os pais devam morrer antes dos filhos. Seria a ordem natural das coisas. - Comenta-se.


No entanto, a vida tem suas próprias diretrizes e não segue a lógica que se lhe tenta determinar.


Cada ser tem seu tempo certo de vida. Seu momento de partir.


Cada criatura traz, ao nascer, a programação que estabelece o quantum de anos deva transitar sobre a Terra.


Por isso, inúmeras vezes, partem antes os filhos do que seus pais.


Isso sem se falar das mortes que ocorrem por conta e risco da imprudência, dos desatinos, das inconsequências mundanas.


De toda forma, o  processo de separação pela morte é extremamente doloroso, na Terra.


Acostumados à vestimenta carnal, grosseira, impedidos de ver o mundo invisível, que nos cerca, choramos a ausência dos que nos disseram o grande adeus, na aduana da morte.


Chorando e lamentando, falamos de perda. Mas, como escreveu José Saramago: Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.


Eis o ponto. Ninguém perde ninguém. Os filhos nos são confiados à guarda pela Divindade. Os pais nos são oferecidos como portos de segurança.


Cada pessoa que nos conquista a afeição pode permanecer conosco um tempo mas, bem poderá ser convidada ao retorno, antes d e nós.


Compete-nos, portanto, estarmos preparados a fim de que não detenhamos as lutas porque alguém se foi. Não nos vistamos de crepe porque a morte arrebatou o ser amado do nosso lado.


Sobretudo não utilizemos palavras como perda, pois que o que se verifica é a ausência da presença física.


Os que partem prosseguem nutrindo por nós os mesmos sentimentos.


Se nos amam, envolvem-nos com seus abraços espirituais de forma constante. De onde se encontrem, trabalha ndo no bem, crescendo no progresso, nos enviam suas mensagens de luz.


Aguardam-nos, a cada noite, o desprendimento do corpo para dialogarem conosco mais intensamente. E nos abençoam as lembranças, fazendo-nos tudo recordar como um delicado sonho, ao despertar.


Alegram-se com nossas conquistas. Fazem-se presentes em nossas festividades e nos enxugam as lágrimas, nos dias de desolação.


Alimentam a nossa saudade com suas sutis presenças e, vez ou outra, espalham o perfume do seu amor, causando-nos doces emoções.


Incentivam-nos nas lutas de cada dia e aguardam, paciente e amorosamente, que os anos transcorram a fim de que se processe o reencontro.


Eles nos disseram Até logo mais, não Adeus.


Afetos ausentes. Não perdidos, nem desaparecidos.


Pensemos nisso e reformulemos nossos pensamentos e palavras.


Redação do Momento Espírita.
Em 02.04.2012

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