A união de um
casal, na visão espírita, vai além de uma cerimônia.
Na realidade,
o que importa é a intenção pela qual o casal decidiu se unir. E aí, deve-se
colocar em foco o que é um princípio básico do Espiritismo: o amor.
Entretanto, há
uniões que se tornam instáveis. Em seu livre-arbítrio – que é outro dos
princípios básicos da Doutrina Espírita – muitos casais optam pela separação. O
Evangelho Segundo o Espiritismo diz: “... é uma lei humana que tem por objetivo
separar legalmente o que, de fato, já está separado. O divórcio não contraria a
Lei de Deus, uma vez que apenas corrige o que os homens fizeram...”. Viver com
outra pessoa não é uma obrigação; é uma escolha.
Em mensagem
escrita na obra “Como um homem pode enfrentar uma crise”, o espírito Leocádio
José Correia diz que “A interação humana significa sempre entendimento e nunca
confronto”.
O ideal é que
se reflita duas vezes antes de se divorciar e, até mesmo, antes de se
comprometer. O casamento representa um alto estágio
de evolução do ser quando se baseia no respeito e consideração pelo cônjuge. “O
casamento, ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural? - É
um progresso na marcha da humanidade” (Capítulo 4 – Lei da Reprodução). “A
simpatia que atrai um espírito ao outro é o resultado da perfeita concordância
de suas tendências, de seus instintos; se um tivesse que completar o outro,
perderia a sua individualidade”, está escrito em O Livro dos Espíritos –
Capítulo 6, Vida Espírita.
O fato de a
doutrina não registrar os rituais de casamento não impede que os noivos
comemorem sua união. Naturalmente que o casamento civil é um dever a ser
cumprido pelos espíritas, porque legitima a união perante as leis vigentes que
asseguram ao homem e à mulher direitos e deveres.
Na visão
Espírita o Casamento pode ser entendido conforme qualificação a seguir:
Casual – Primeiro
encontro de duas criaturas. Neste casamento o casal consegue levar uma
satisfatória relação conjugal. Outros casais não se adaptando e não suportando
as desavenças, separam-se. Sem dúvida em próxima vida terrena, reencontram-se
para uma reconciliação.
Provatório - Reencontro de espíritos de diferentes graus de adiantamento espiritual,
que no passado desentenderam-se, por isso, reencarnam para superar as provas a
que forem submetidos, e progredirem.
Expiatório - Em vidas anteriores marido e mulher erraram muito. Reencarnam em novo
lar, para corrigir os erros cometidos, é um casamento de resgate.
Sacrificial - União de um espírito um tanto evoluído com outro menos evoluído com o
fim de auxiliá-lo a progredir.
Afins - Espíritos
evoluídos com sentimentos elevados, que se amam verdadeiramente. Corações
afetuosos, juntos com objetivos supremos para adiantarem-se espiritualmente.
Não sabemos em
qual categoria nos achamos, mas não existe o acaso, ninguém se acha sob o mesmo
teto por mera casualidade. Deus
permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos com o
fim de servir de prova a uns e de avanço aos outros. Os bons tem campo de
trabalho. Os maus se melhoram pouco a pouco com os cuidados que recebem; seu
caráter se modifica, os hábitos se melhoram, as antipatias desaparecem.
O Espiritismo tem uma grande
contribuição em favor da estabilidade matrimonial, mostrando-nos que, a par dos
imperativos da Natureza, defrontamo-nos no casamento com o desafio da
convivência, que faz parte de nosso aprendizado como espíritos eternos.
Além da
eliminação das “arestas” produzidas pela nossa própria inferioridade, a vida em
família é, também, um ponto de referência que nos ajuda a manter o contato com
a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, ajudando-nos a
corrigirmos os desvios de conduta.
O lar é o laboratório de
experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais
Emmanuel nos
diz: A felicidade existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos
aqui na Terra admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a
felicidade alheia no caminho que avança”.
Fonte:
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAchei muito interessante a visão da Doutrina Espirita.
ResponderExcluirConheci a doutrina espirta quando me separei à 10 anos atrás. Fiquei muito mal com a separação, entrei em depressão e através da Doutrina Espírita aprendi muita coisa.Mas passei a frequentar Doutrina mesmo tem mais ou menos 5 anos, quando inicie um novo
namoro, hoje pensamos em casar,e fiquei curiosa de saber como era na Doutrina Espírita o "casamento". E amei a visão!