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"O Espiritismo é a âncora firme que nos sustenta nos mares revoltos destes dias tormentosos pelo qual passa o Planeta"
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domingo, 21 de outubro de 2012
O valor do serviço
O livro Jesus no lar contém algumas lições que Jesus ministrou no círculo mais íntimo dos seguidores da primeira hora.
Em uma delas, Filipe, velho pescador de Cafarnaum, enleva-se com as explanações do Cristo.
Então, começa a comentar a diferença entre os justos e os injustos.
Tudo com o propósito de destacar o valor da santidade na Terra.
O Mestre ouve calmamente e passa a narrar com bondade a seguinte história:
Certo fariseu, de vida irrepreensível, atingiu posição de imenso respeito público.
Passava dias inteiros no templo, entre orações e jejuns.
Conhecia a lei como ninguém.
Desde Moisés aos últimos profetas, decorara os mais importantes textos da Revelação.
Se passava na rua, as próprias crianças se curvavam, reverentes.
Consagrara-se ao Santo dos sa ntos e fazia vida perfeita entre os pecadores da época.
Alimentava-se frugalmente, vestia túnica sem mancha e abstinha-se de falar com toda pessoa considerada impura.
Todavia, grande peste grassou em cidade próxima de Jerusalém.
Então, um anjo do Senhor desceu, prestimoso, a socorrer necessitados e doentes, em nome da Divina Providência.
Necessitava, porém, das mãos diligentes de um homem, através das quais pudesse trabalhar em benefício dos enfermos.
Lembrou-se de recorrer ao santo fariseu, conhecido da corte celestial por seus votos de perfeição espiritual.
Mas o devoto se achava profundamente mergulhado em suas contemplações de pureza.
Não lhe sobrava o mínimo tempo interior para entender qualquer pensamento de socorro às víti mas da epidemia.
Como poderia cooperar com o emissário divino, se evitava o menor contato com o mundo vulgar?
O anjo insistia no chamamento, mas a peste era exigente e não admitia delongas.
O mensageiro do céu afastou-se e recorreu a outras pessoas amantes da lei.
Nenhuma, entretanto, se julgava habilitada a contribuir.
Ninguém desejava arriscar-se.
Tendo em vista a necessidade que se fazia urgente, o enviado divino encontrou antigo criminoso que desejava se regenerar.
Através dos fios invisíveis do pensamento, convidou-o a segui-lo.
O velho ladrão, sinceramente transformado, não hesitou.
Obedeceu ao doce encantamento e votou-se, sem demora, ao ministério do socorro e da salvação.
Enterrou cadáveres insepultos, improvisou remédios, semeou o bom ânimo e aliviou os aflitos.
Com isso, conquistou sólidas amizades no céu, adiantando-se de surpreendente maneira no caminho do paraíso.
* * *
Os presentes registraram a pequena história, entre a admiração e desapontamento.
Foi então que o senhor Jesus explicou que a virtude é sempre grande e venerável.
Mas não deve se cristalizar à maneira de joia rara e sem proveito.
O amor cobr e a multidão dos pecados e deve inspirar o serviço santificante.
Os pecadores laboriosos e convertidos ao bem encontram a companhia dos anjos muito antes dos justos ociosos.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26, do
livro Jesus no lar, pelo Espírito Nei o Lúcio, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 28.09.2012.
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