(Livro: Após a Tempestade) Joanna de Ângelis – Divaldo Franco
Nada que o justifique.
Infanticídio
execrável, o aborto delituoso é covarde processo de que se utilizam os
Espíritos fracos para desfazerem-se da responsabilidade, incidindo em
grave delito de que não se poderão exonerar com facilidade.
Não
obstante, em alguns países, na atualidade, o aborto sem causa justa – e
como causa justa devemos considerar o aborto terapêutico, mediante cuja
interferência médica se objetiva a salvação da vida orgânica da gestante
– se encontre legalizado, produzindo inesperada estatística de alto
índice, perante as leis naturais que regem a vida, continua sendo
atentado criminoso contra um ser que se não pode defender, constituindo,
por isso mesmo, dos mais nefandos atos de agressão à criatura humana…
Defensores
insensatos do aborto delituoso costumam alegar que nos primeiros meses
nada existe, olvidando, que, em verdade, o tempo da fecundação é de
somenos importância… A vida humana, em processo de crescimento, merece o
mais alto respeito, desde que, com a sucessão dos dias, o feto estará
transformado no homem ou na mulher, que tem direito à oportunidade da
experiência carnal, por impositivo divino.
A
ninguém é concedida a faculdade de interromper o fenômeno da vida, sem
assumir penoso compromisso de que não se liberará sem pesado ônus…
Nenhum
processo reencarnatório resulta da incidência casual de fatores que
impelem os gametas à fecundação extemporânea. Se assim fora, resultaria
permissível ao homem aceitar ou não a conjuntura.
Alega-se,
também, que é medida salutar a legalização do aborto, em considerando
que a sua prática criminosa é tão relevante, que a medida tornada aceita
evita a morte de muitas mulheres temerosas que, em se negando
maternidade, se entregam a mãos inescrupulosas e caracteres sórdidos,
que agem sem os cuidados necessários à preservação da saúde e da vida…
Um
crime, todavia, de maneira alguma justifica a sua legalização fazendo
que desapareçam as razões do que o tornavam prática ilícita.
A vida é patrimônio divino que não pode ser levianamente malbaratado.
Desde
que os homens se permitem a comunhão carnal é justo que se submetam ao
tributo da responsabilidade do ato livremente aceito.
Toda ação que se pratica gera naturais reações que gravitam em torno do seu autor.
Examinando-se
ainda a problemática do aborto legal, as leis são benignas quando a
fecundação decorre da violência pelo estupro… Mesmo em tal caso, a
expulsão do feto, pelo processo abortivo, de maneira nenhuma repara os
danos já ocorridos…
Não
raro, o Espírito que chega ao dorido regaço materno, através de
circunstância tão ingrata, se transforma em floração de bênção sobre a
cruz de agonias em que o coração feminil se esfacelou…
A
renúncia a si mesmo pela salvação de outra vida concede incomparáveis
recursos de redenção para quem se tornou vítima da insidiosa trama do
destino…
Sucede,
porém, que o sofredor inocente de agora está ressarcindo dívida,
ascendendo pela rota da abnegação e do sacrifício aos páramos da
felicidade.
Não ocorrem incidentes que estabeleçam nos quadros das Leis Divinas injustiça em relação a uns e exceção para com outros…
O
aborto, portanto, mesmo quando aceito e tornado legal nos estatutos
humanos fere, violentamente, as leis divinas, continuando crime para
quem o pratica ou a ele se permite submeter.
Legalizado, torna-se aceito, embora continue não moral.
Retornará à tentativa de recomeço na Terra o Espírito que foi impedido de renascer.
Talvez em circunstância mais grave para a abortista se dê o reencontro com aquele de quem gostaria de se libertar.
Vinculados
por compromissos de inadiável regularização, imantam-se reciprocamente,
dando início, quando o amor não os felicita, a longos processos de
alienações cruéis e enfermidades outras de etiologia mui complexa.
Atende, assim, a vida, sob qualquer modalidade que se te manifeste.
No que
diz respeito à porta libertadora da reencarnação, eleva-te, mediante a
concessão da oportunidade aos espíritos que te buscam, confiando em
Deus, o Autor da Criação, mantendo a certeza de que se as aves dos céus e
as flores do campo recebem carinhoso cuidado, mais valem os homens, não
estando, portanto, à mercê do abandono ou da ausência, dos socorros
divinos.
Nada que
abone ou escuse o homem pela prática do aborto delituoso, apesar do
desvario moral que avassala a Terra e desnorteia as criaturas.
Todo
filho é empréstimo sagrado que deve ser valorizado e melhorado pelo
cinzel do amor dos pais, para oportuna devolução ao Genitor Celeste.
Não
adies a tua elevação espiritual através da criminosa ação do aborto,
mesmo que as dificuldades e aflições sejam o piso por onde seguem os
teus pés…
Toda
ascensão impõe o encargo do sacrifício. O topo da subida, porém,
responde com paz e beleza aos empecilhos que se sucedem na jornada.
Chegarás à honra da paz, após a consciência liberada dos débitos e das
culpas.
Matar, nunca!
Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
Nenhum comentário:
Postar um comentário