". . . seria pretensioso dizer que o Espiritismo será o futuro das religiões, mas, certamente será a religião do futuro"

Divaldo Franco - "Viagens e Entrevistas"

"O Espiritismo é a âncora firme que nos sustenta nos mares revoltos destes dias tormentosos pelo qual passa o Planeta"

Joanna de Ângelis


segunda-feira, 4 de março de 2013

Da vida, uma prece

Encontramos, no seio de praticamente todas as religiões, o exercício salutar da prece. 

Em algumas, tal prática apresenta-se na forma de mantras. Em outras, de cântico. Ou, ainda, de rogativa. 

Entretanto, independentemente da forma, a prece sempre tem como objetivo ligar a criatura ao Criador. 
A prece é um ato de adoração.

 Orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer. 

Louvar a Deus significa reconhecer nEle a fonte de toda vida, de toda a criação. É observarmos tudo o que nos cerca – as plantas, os animais, nosso próximo – e enxergarmos neles a assinatura Divina, o traço que Deus deixa em cada uma de Suas criaturas. 

Uma prece de louvor é feita mais do que com palavras. Pode ser expressa em atitudes. 

Quando louvamos, reconhecendo, em tudo o que nos cerca, a mão do Criador, torna-se impossível não expressarmos gratidão a Deus por todo amor que Ele nos oferece, em todas as circunstâncias do viver. 

Amor esse que se manifesta através das mais variadas expressões: o ar que respiramos, o alimento que temos em nossas mesas, a família que nos acolhe, a casa que nos abriga, os amigos que nos fortalecem. 

O companheiro ou companheira que divide a vida conosco, os filhos que nos são dados ao coração, as oportunidades diárias de progresso intelecto-moral, a conquista das virtudes que nos aproximam da paz e da felicidade. 

E, quando brota em nossas almas o sentimento que nos leva a louvar e a agradecer, o gesto de pedir modifica-se. 

Nossas rogativas já não são mais baseadas nas ilusões da matéria, nem tampouco no orgulho que confunde nossas escolhas. 

Nossas decisões tornam-se mais maduras, pois começamos a compreender as leis que regem toda a Criação. 

Já não mais rogamos a Deus que solucione nossos problemas, dificuldades e sofrimentos. 

Antes, pedimos ao Senhor da vida que nos conceda a sabedoria, a resignação e a humildade para que, além de poder superá-los, possamos aprender com as preciosas lições que acompanham cada momento. 

Entrarmos em comunicação com Deus significa fazermos, diariamente, de nossa vida uma prece. 

E a prece se faz em cada gesto de abnegação, de renúncia, de fé. 

A prece se faz quando olhamos para aquele que sofre, para aquele que passa fome, para aquele que não tem onde morar e, desinteressadamente, lhe estendemos a mão que ajuda, o ombro que consola, o abraço que afaga, a palavra que une. 

A prece se faz quando perdoamos quem nos fere e somos capazes de pedir perdão àquele que ferimos. 

A prece se faz quando nos reconhecemos parte integrante de toda a Criação, de todo o equilíbrio universal e, dessa forma, tomamos para nós a responsabilidade de contribuirmos para a construção de um mundo melhor. 

* * * 
Na oração a criatura suplica e se apresenta a Deus. Pela inspiração profunda e reconfortante responde o Senhor e se revela ao aprendiz. 

Pensemos nisso. 

Redação do Momento Espírita, com citação do item 659, de O livro dos espíritos, de 
Allan Kardec, ed. Feb e pensamento final do verbete Oração, do livro Repositório de 
sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira 
Franco, ed. Leal. 
Em 2.3.2013.

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